A convite da Superiora Geral e de seu Conselho, de 2 a 6 de abril, a Comissão Cabrini para a Saúde Global reuniu alguns membros das obras e ministérios locais da saúde de África, Austrália e América Central, para ver, debater, atualizar e celebrar o nosso ser e o nosso fazer nas áreas da saúde. Tivemos participações especiais, tanto presencialmente quanto no modo virtual. Monsenhor Robert Vitillo, assessor do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano da Santa Sé, que se definiu como "cabriniano de coração", nos apresentou o árduo trabalho que o Dicastério está realizando no campo da saúde, das migrações humanas e de outras áreas do desenvolvimento humano integral. O professor Mushtaque Chowdhury partilhou sua experiência e trabalho conosco através da BRAC, a grande ONG da qual é co-fundador. Alguns membros da comissão global, como o professor Ariel Pablos, o professor Mario Raviglione e a Sra. Sue William, CEO da Cabrini Austrália, compartilharam conosco questões muito importantes relacionadas à saúde materno-infantil, à gestão e à pesquisa na área da saúde. O mundo da saúde está em transição, as estatísticas nos mostram o grande progresso feito especialmente em países de baixa renda e nós fazemos parte desses números. Tivemos a oportunidade de ver a realidade dos diferentes Ministérios.
Estamos felizes em conhecer tudo o que possibilita salvar vidas humanas em cada missão cabriniana. Também foi importante constatar quais são os grandes desafios que temos de enfrentar, especialmente devido aos cortes nos financiamentos por grandes doadores internacionais. Sucessos e dificuldades nos tornam buscadores criativos de elementos tangíveis de esperança. Terminamos nossos três primeiros dias de trabalho contagiadas por ideias novas e criativas, novos desafios e tanto entusiasmo para seguir em frente, sabendo que, para além das estatísticas, nossos serviços e ministérios de saúde salvam vidas.
Nos dias 5 e 6 de abril, fizemos uma peregrinação de fé, em busca da reconciliação com a nossa realidade pessoal e social. Cientes de que somos pessoas frágeis e necessitadas de reconciliação, tivemos a oportunidade de fazer uma peregrinação e atravessar quatro Portas Santas, um gesto simbólico de quem se prepara para se tornar a melhor versão de si mesmo, sobretudo no campo dos serviços de saúde. E a grande surpresa e o grande presente foram a saudação em pessoa de nosso querido Papa Francisco. Ele, como um peregrino mais doente, fez-se presente neste Jubileu dos doentes e dos agentes de saúde. Foi uma experiência de Graça! Hoje, enquanto escrevemos estas memórias, recebemos a notícia de que Papa Francisco retornou à casa do Pai. Temos certeza de que a misericórdia de Deus já o acolhe, enquanto continuamos nossa peregrinação na esperança.
Agradecemos a Deus, que inspirou o Papa Francisco a proclamar este Ano Jubilar, a nossa Superiora Geral, Irmã Maria Eliane, que tornou possível nossa experiência em Roma. E a todos aqueles que tornaram possível este encontro e estes sinais tangíveis de esperança.
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